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Virtudes: Tolerância e Humildade

Participamos de uma Instituição chamada Maçonaria, que é Justa e Perfeita. Que tem por objetivo “tornar feliz a Humanidade pelo Amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade de cada um”.

Mas esta instituição tem como seus membros homens: pessoas com pensamentos e atitudes diferenciados, de diversas culturas e credos, que são como uma pedra bruta que deve ser polida a cada dia; por isto seres imperfeitos.

Por meio dos ensinamentos que recebemos desta Instituição, dos exemplos dos mais sábios e experientes, da convivência, da participação às sessões é que conseguimos polir nossa pedra bruta e dar forma a ela, fazendo com que outros Irmãos possam nela se espelhar e trilhar caminhos de justiça e verdade.

Vivemos numa sociedade deturpada pelo consumismo e pelo materialismo, que torna as pessoas cada vez mais estressadas e arrogantes, na qual cada um quer ser o melhor, especialmente segundo critérios do ter bens que conferem status. O Amor tem deixado de ser o elemento que dita a conduta social.
Mas o que vem a ser o amor? Existe uma infinidade de respostas para definir o que seja o amor. Mas amar é querer o bem do outro, é saber perdoar, é saber renunciar e saber se doar.
Para que isto aconteça, tenho em mente duas virtudes que são indispensáveis para nosso crescimento tanto social quanto espiritual: tolerância e humildade.

A tolerância é a principal qualidade, virtude exigida do maçom, pois é um princípio de cordialidade nas relações humanas. Conforme dicionário, tolerar é “qualidade de tolerante, a indulgência, a condescendência, a boa disposição do que ouvem com paciência, opiniões opostas as suas.

Tendência em admitir modos de pensar, agir e sentir que diferem dos nossos”. Já a intolerância diz respeito “aquele que imagina ser ele o proprietário de um único critério moral para todas as formas de moralidade, e por isso o aplica a ferro e fogo sem levar em consideração as condições em que o juízo moral deva ser suspenso”.

A tolerância não deixa de ser uma forma de se amar verdadeiramente nosso Irmão. Posso então afirmar que a tolerância está intimamente ligada a outra virtude anteriormente citada: a humildade.

Humildade (do latim humilitatem: ausência de orgulho ou de soberba) é sabermos que não somos perfeitos, que temos nossas virtudes, mas também nossos vícios e deficiências. Quando recebemos um elogio, a tendência é nos envaidecermos, mas quando recebemos uma advertência, um conselho por um ato praticado indevidamente, ficamos chateados e nos afastamos, não aceitando nosso erro.

A pessoa que tem humildade não se deixa levar pelos elogios e sabe aceitar quando alguém nos mostra que erramos. O maçom encanta pelo saber e não pela vaidade.

Vamos exercitar com mais frequência estas duas virtudes na nossa convivência tanto em Loja quanto na vida profana, não nos deixando levar apenas pelas emoções, pela influência deste mundo materialista onde o que tem valor é o poder, o ter bens materiais, mas vivendo a verdadeira fraternidade. Vamos valorizar o ser, este homem que mesmo sendo imperfeito, tem uma consciência que o leva a fazer o bem e um Deus, que chamamos de G∴A∴D∴U∴, que é o princípio desta consciência e da vida e que nos quer vivendo na paz e harmonia, ou seja, no AMOR.

Sei que falar é bem mais fácil do que a atitude de praticar estes atos. Como é difícil perdoar (perdoar é um ato divino). Mas sem perdão não existe amor. Sem amor não tem como praticar a tolerância e a humildade.

Fonte de pesquisa:
GIRARDI, João Ivo – Do Meio Dia à Meia Noite – Vade-Mécum Maçônico, Nova Letra Gráfica e Editora Ltda. Blumenau (SC), 2008.

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