O espírito católico que permeou a Idade Média, segundo o célebre ensinamento do papa Leão XIII suscitou uma admirável expansão do espírito de cada povo, região, cidade e aldeia.
O resultado no urbanismo foi o aparecimento de cidades com estilos fabulosamente diversos.
Nada havia das cidades monótonas modernas que se repetem a si próprias um pouco por todo mundo.
Cada conjunto humano gestava sem planificação, segundo suas propensões naturais de alma, a cidade que bem entendia.
Essa plenitude de liberdade pode nos parecer caótica pelas sua fabulosa riqueza e diversidade.
No clip abaixo temos três exemplos que “hurlent de se trouver ensemble” (“berram pelo simples fato de estarem juntos”).
No início a cidade de Jerez de La Fontera, na Andaluzia (Espanha) onde é palpável a influência moura.
Logo a seguir, Bruges, a riquíssima cidade da Bélgica, espécie de capital dos panos, das artes e do comércio no tempo de esplendor medieval.
Por fim, a encantadora Rothenburg ob der Tauber, na Alemanha, na sua inacreditável originalidade e harmonia das formas e cores de seus prédios que parecem surgidos de um conto de fadas.
Esses são apenas alguns exemplos da infindável variedade de estilos nascidos livremente sob a proteção benfazeja da Igreja.
É inegável também a unidade de fundo entre essas cidades que vem do fato de terem sido, ou ainda serem, católicas.
Fonte: https://cidademedieval.blogspot.com.br/2018/02/variedade-e-unidade-das-cidades-e.html