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Pensar Maçonaria

Liberdade, igualdade, fraternidade. Sabedoria, força, beleza.

Todos sabemos que cada uma destas palavras tem para os maçons um significado especial. Procurando ir ainda mais longe, podemos até afirmar que cada uma destas trilogias de palavras, por assim dizer, é afinal expressão de múltiplos significados, estando na génese do pensamento maçónico e também na base de todos os nossos procedimentos rituais.

Mas quantas vezes ouvimos dizer que as palavras estão gastas? Muitas vezes e em boa verdade, esse é o resultado e o preço a pagar, pela desilusão e o descrédito na palavra dos homens.

Pois bem, para que as palavras não fiquem gastas, é preciso dar sentido às palavras. É preciso cumpri-las. É preciso que sejamos, todos e cada um de nós, homens de carácter, de verdade e compromisso. Em todas as circunstâncias e esferas da nossa vida, ser homens de palavra.

É essa pois, a desafiante viagem que nos impõe a maçonaria. Uma viagem solidária, muitas vezes solitária, pelo complexo labirinto do nosso Templo Interior. Um caminho de Luz, de reflexão, em paz e serenidade, trabalhando e polindo a pedra bruta, desenvolvendo em nós e entre irmãos, as melhores capacidades pessoais, humanas, culturais e espirituais de cada um.

É esta busca incessante da sabedoria, da razão e da justiça, que nos distingue de todas as organizações profanas, sejam elas religiosas, sociais, filantrópicas ou até políticas. Nós somos uma fraternidade iniciática, formada por homens bons, livres e honrados, onde prevalece a obediência a valores morais, humanos e filosóficos, que são universais e inalienáveis.

Por isso, em consciência, pode um verdadeiro maçon trair a confiança de um irmão, de um colega, ou mesmo da pessoa que mais ama? Pode um verdadeiro maçon, em consciência, defender profanamente uma sociedade egoísta, desigual e discriminatória? Pode um verdadeiro maçon, em consciência, alimentar o ego e a vaidade, ao ponto de colocar o supérfluo acima do essencial, ou a adoração do dinheiro, acima dos mais elementares valores da justiça, da solidariedade e da condição humana? Pode um verdadeiro maçon, em consciência, troçar e explorar gratuitamente as fraquezas ou fragilidades de um irmão ou de qualquer outra pessoa?

MMQQII, em consciência e verdade vos digo, que a resposta é não. O Maçon deve ser, sempre e cada vez mais, entre os seus irmãos e perante toda a sociedade, essa grande referência de valores morais, culturais e humanos. E assumir verdadeiramente, sem complexos ou preconceitos, na sua prática quotidiana, em todas as situações da vida, essa sua condição de homem livre e cidadão exemplar. Um Ser portador de Luz, de amor, de tolerância e de sabedoria, para todos os que o rodeiam no mundo profano: família, amigos, colegas, colaboradores.

Pensando e refletindo bem, é essa afinal a principal razão de estarmos aqui, vivendo a fraternidade e trabalhando em egrégora.

Pelo bem de Portugal, por um Mundo melhor, pela Humanidade. E isto não são apenas palavras, porque como bem sabemos, as palavras estão gastas.

É preciso cumprir as palavras. O futuro é hoje. É hora agora.

E a mudança começa em cada um de nós.

Em suma, não basta ESTAR na maçonaria, é preciso SER maçonaria.

F., V:. M:.

17-10-6016

(Dia Mundial da Erradicação da Pobreza)

GRANDE LOJA UNIDA DE PORTUGAL

 

Fonte: http://glup.pt/pensar-maconaria/

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