a
a
HomeTemplo de Estudos MaçônicosO Tronco dos Templários e a Maçonaria

O Tronco dos Templários e a Maçonaria

Quando eu dava meus primeiros passos na Maçonaria, assisti a uma instrução na qual um Mestre, com mais de trinta e três anos e seiscentos costados de Ordem, ensinou o seguinte sobre o TRONCO DE SOLIDARIEDADE (ou de beneficência):

– Chama-se tronco porque os antigos Templários escondiam seus dinheiros em troncos de árvores!

Lembro-me bem ‒ foi possível ouvir, naquela ocasião, todos os Templários mortos novecentos anos atrás darem ruidosas voltas em suas sepulturas e chacoalharem armaduras contra suas espadas enferrujadas.

A boa-vontade daquele instrutor fora, sem dúvida alguma, subsidiada por uma forte dose de criatividade. Certamente ele tivera excelente educação de berço, mas faltou-lhe o conhecimento dos fatos ou a lembrança do que aprendera na escola formal. Não o censuro; pois, de qualquer forma, ele me pôs com a pulga atrás da orelha. Corri atrás da explicação correta (dizem que é péssimo hábito meu) e encontrei não o tesouro dos templários, mas o sentido da palavra “tronco”.

Tronco, em Maçonaria, apresenta duas interpretações, sendo a mais correta delas a que tem origem na língua francesa: tronc, aquela sacola (ou cofre) onde são depositadas as ofertas nas igrejas (Le tronc des pauvres, segundo o Robert Dictionnaire, pg. 1366). Tronc é também “le tronc d’un arbre” (o tronco de uma árvore); mas o bom senso nos faz optar pelo primeiro significado ‒ ESMOLA ‒ e não pelo temerário esconderijo de riquezas templárias, um tronco de pau podre no meio da floresta situada entre Bouy, Nuisement, Fresnoy e Beaulieu.

A segunda interpretação está no Dicionário Houaiss da língua portuguesa: tronco é a incumbência ou compromisso de alguém; um encargo, obrigação. Neste sentido, a esmola (o tronco dos órfãos e das viúvas) seria uma alusão ao compromisso de caridade para com aqueles que se tornam deserdados do sustento material. Esta é a derivação a que chamamos “sentido figurado”.

Tronco maçônico é também compromisso para com as causas sociais. Por exemplo: do meio ambiente depende o sustento material de uma nação.

Os textos maçônicos em português preservaram as duas modalidades: tronco de solidariedade e tronco de beneficência (ou bolsa de beneficência) que, se analisados, significam:

  1. esmola de solidariedade ou esmola de beneficência (pleonásticos);
  2. incumbência de solidariedade ou compromisso de beneficência, o que é mais condizente com o significado maçônico.

Citei este exemplo do tronco para:

  • a) tornar mais clara a necessidade de as instruções maçônicas serem aprimoradas e bem fundamentadas. O que for acrescentado no período de instrução ou quarto-de-hora de estudos tem que ser comprovado. É preferível apenas ler com correção o texto das instruções do que se aventurar em interpretações de improviso, no achismo e nos falsos cognatos (palavras normalmente derivadas de outras línguas, com grafia semelhante, mas que têm significados diferentes);
  • b) incentivar os maçons mais jovens a desenvolverem, paralelamente ao processo iniciático, estudos complementares que os auxiliem na compreensão dos Graus simbólicos. Como escola, a Maçonaria só pode ser útil à sociedade na medida em que os maçons ENTENDAM de Maçonaria.

Ninguém é obrigado a saber tudo ou ter vastos conhecimentos; no entanto, ninguém deveria, por isso mesmo, inventar sobre coisas que não sabe.

Da mesma forma, deve-se exigir a máxima cautela quanto às imaginativas e sonhadoras “relações” entre os textos da Maçonaria e outras disciplinas, sejam elas científicas, históricas, ou mesmo ocultistas (metafísicas e/ou exotéricas): cabala, hermetismo, magia, etc. e as derivações do judaísmo (Torá, Tanakh, Talmud, Sefer Yetzirah…) dos Vedas, do Mahabharata, do Zend Avesta e outros. Todo conhecimento é necessário, útil e complementa nossos estudos desde que precedido e fundamentado em estudo comprovado dessas áreas, para que não sejam induzidos em erro nossos Aprendizes e Companheiros.

“O conhecimento incompleto é mais perigoso do que a ignorância: pau é pau; toco é toco, tronco é tronco.”

Autor:  José Maurício Guimarães

 

Fonte: https://opontodentrodocirculo.wordpress.com/2015/03/24/o-tronco-dos-templarios-e-a-maconaria/


NÃO PERCA ESTA OPORTUNIDADE
ADQUIRA AGORA MESMO ESTE LIVRO

Esta Coletânea reúne alguns retalhos e recortes da rica história do Grande Oriente do Brasil, primeira Potência Maçônica a se instalar em território brasileiro, em 17 de junho de 1822, em comemoração aos seus 195 anos de existência. Acesso o site oficial: www.gob195anosdehistoria.com.br

MAÇONARIA, MAÇOM, MAÇONS, LIVROS MAÇÔNICOS, LIVROS ESOTÉRICOS, GOB, COMAB, GLM, LOJA MAÇÔNICA, GRANDE LOJA MAÇÔNICA, HISTÓRIA DA MAÇONARIA, HÉLIO PEREIRA LEITE, HÉLIO P. LEITE, HPL, 195 ANOS DE FUNDAÇÃO DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL, O GRANDE ORIENTE DO BRASIL COMEMORA 195 ANOS DE FUNDAÇÃO

195 ANOS DE FUNDAÇÃO DO

GRANDE ORIENTE DO BRASIL


MAÇONARIA, MAÇOM, MAÇONS, LIVROS MAÇÔNICOS, LIVROS ESOTÉRICOS, GOB, COMAB, GLM, LOJA MAÇÔNICA, GRANDE LOJA MAÇÔNICA, HISTÓRIA DA MAÇONARIA, HÉLIO PEREIRA LEITE, HÉLIO P. LEITE, HPL, 195 ANOS DE FUNDAÇÃO DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL, O GRANDE ORIENTE DO BRASIL COMEMORA 195 ANOS DE FUNDAÇÃO

Este slideshow necessita de JavaScript.

 



Este slideshow necessita de JavaScript.

 



Este slideshow necessita de JavaScript.



Este slideshow necessita de JavaScript.



Este slideshow necessita de JavaScript.

Este slideshow necessita de JavaScript.

No comments

leave a comment