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LITURGIA E RITUALISTICA NA INCENSAÇÃO E USO DE ESPADAS

LITURGIA, palavra de origem grega (Leitourgia), que segundo Aurélio, pode confundir-se com ritual, significando “um culto público e oficial instituído por uma igreja”. O mesmo autor define RITUAL como “um conjunto de práticas consagradas pelo uso e/ou normas , e que se deve observar de forma invariável em ocasiões determinadas, portanto, um cerimonial”. De acordo com Aslan em seu Dicionário Enciclopédico, o termo RITUALÍSTICO nada mais é do que um neologismo com o mesmo significado de RITUAL, com o objetivo de diferenciar do entendimento geral o entendimento exclusivamente maçônico.

Numa sessão maçônica, o ritual já começa antes mesmo da chegada da maioria dos irmãos e da formação da procissão de ingresso no templo. O Mestr.’. Arq.’. verifica se tudo está em ordem para o início dos trabalhos, prepara o Altar dos Perfumes, e, na seqüência, com a participação dos IIr.’. Mestr.’. Ccer.’. e 1º Exp.’. , reanima a Chama Sagrada. Após esse momento é que o Mestr.’. Ccer.’. distribui as insígnias e organiza os irmãos para adentrar no Templo, tendo início a sessão propriamente dita.

Todos os eventos que ocorrem no ritual maçônico são importantes. Entretanto, no rito Adonhiramita, um deles tem um significado todo especial, que é a “Cerimônia da Incensação”.

O simbolismo do incenso está ligado diretamente ao simbolismo da fumaça e do perfume. A incensação tem como valor simbólico à associação do homem à divindade, do finito ao infinito e do mortal ao imortal. Ao espargir a fumaça se está purificando o ambiente tanto no sentido físico por tratar-se de substância com propriedades anti-sépticas, como espiritual, pois o incenso tem a incumbência de elevar a prece para o céu. A incensação gera uma atmosfera de aroma agradável e magnetiza com fluidos benéficos os obreiros e o ambiente, contribuindo para a formação da egrégora e propiciando à reflexão.

O ritual da incensação inicia quando o Ven.’. Mestr.’. coloca as três pitadas do incenso no turíbulo, magnetizadas por Sabedoria, Força e Beleza. O Mestr.’. Ccer.’. incensa o Ven.’. Mestr.’. por três vezes, invocando a Sabedoria tão necessária para conduzir os trabalhos e orientar os Obreiros. A seguir, o 1º Vig.’. também é incensado por três vezes e pronunciada a palavra Força, o que é repetido no 2º Vig.´. onde profere Beleza. Retornando ao Or.’. , incensa por uma vez o Ir.’. Orad.’. quando mentaliza a “Justiça” com a qual o Guarda da Lei deve pautar seu trabalho, e, por uma vez também o Ir.’. Secr.’. , onde mentaliza “Memória”, a memória da Loja que deve ser gravada por ele. Na seqüência, o Mestr.’. Ccer.’. , na linha média da balaustrada, incensa a Loj.’. por três vezes , proferindo na Col.’. do Sul Liberdade, na Col.’. do Norte Igualdade e no centro Fraternidade. Depois se posiciona entre Ccol.’. e voltado para o Or.’. incensa por mais três vezes, proferindo ao final: “Que a paz reine em nossas Ccol.’.”.

Então o Cobr.’.  é incensado pelo Mestr.’. Ccer.’. por uma vez, quando é mentalizada a palavra Diligência, para que tenha zelo, aplicação e presteza no desempenho da função de Guarda do Templo. Após isto o Mestr.’. Ccer.’.   troca de instrumentos com o Ir.’. Cobr.’. Int.’. e  tem a porta do Templo aberta pelo Mestr.’. Ccer.’. , incensa o exterior do templo por duas vezes, para o sul e para o norte, mentalizando Paz e Amor, respectivamente. Desfaz-se a troca da espada e do Turíbulo, sendo então, o Turíbulo novamente depositado no Alt.’. dos Pperf.’. e está encerrada a cerimônia da Incensação.

O USO DA ESPADA NA MAÇONARIA
A espada, em maçonaria, é a arma da vigilância com a qual o Maçom defende a Ordem; representa o poder e a autoridade dirigidos com justiça e equilíbrio. É um símbolo de igualdade entre os MM.’. MM.’. e, no Rito Adonhiramita é usada em todos os graus do simbolismo, apenas por MM.’. MM.’..

Empunhada com a mão direita, representa uma arma; a ação física; a Proteção dos Segredos e dos Princípios da Tradição Maçônica; a Vingança que se abate sobre o traidor e a Consciência que atormenta o perjuro; o compromisso de manter o sigilo, de vencer as paixões que o mundo apresenta entre suas ilusões (as quais o Tempo, inexorável Guardião da Eternidade, consome). Ao penetrarem no Templo, todos os MM.’. MM.’. devem estar munidos de uma espada introduzida na extremidade inferior da Faixa de Mestre, no local apropriado, exceto os IIr.’. Cobridor e M.’. de CCer.’. que terão suas espadas em esquadria.

Após a abertura dos TTrab.’. , todos os MM.’. que se deslocarem, exceto quando transportando material litúrgico, estarão portando  suas espadas.

O Manual do M.’. de CCer.’. , na parte que trata da Formação do Pálio, prevê que em Grau de Aprendiz o pálio sempre é formado por um Mestre  da col\ do Sul e outro Mestre da Col\ do Norte,  a convite formal do M.’. de CCer.’. , os quais formarão o Pálio postando suas espadas como extensão de seu bra.’. dir.’. em ângulo de 52º sobre o A.’. dos JJur.’. , estando na abertura, a espada do M.’. de CCer.’. por baixo das demais, dando sustentação, e no encerramento, por cima das demais, sobrepondo-as.

Ao permanecerem sentados os citados OOfi.’. seguram suas espadas com a mão esq.’.para a produção da descarga de energia saturada que todos os AA.’. IIr.’. trazem do Mundo Profano; com exceção do Cobridor Interno que deve sempre segurar sua espada com a mão direita , aspecto do comando e da autoridade, capaz de repelir o intruso seja no plano físico, astral ou espiritual que é sua missão em Loja. A lâmina da espada não deve ser tocada para que não se altere sua imantação, interferindo no fluxo energético que se estabelece com a ritualística. Apesar disso, o ato litúrgico que envolve o uso de espadas na Maçonaria não está ligada a magia ritual primitiva, ainda que os antigos magos empunhassem numa mão uma vara e na outra uma espada. Tão pouco se prende exclusivamente ao sentido guerreiro ou militar! O uso da espada está relacionado a efeitos geomânticos uma vez que todo ritual interfere em correntes de energia.

Esta é uma breve explicação sob dois pontos de nossas sessões, lembre-se de que cada vez que praticamos um ato dentro de loja as suas conseqüências se refletem em cada um dos irmãos, pois a energia que exalamos é distribuída aos irmãos e com eles compartilhada.

Que o GADU possa sempre nos iluminar e energizar os nossos pensamentos para que possamos sempre trilhar o caminho da verdade, justiça do amor fraternal e nos basear na liberdade igualdade e fraternidade para que os nossos pensamentos sejam justos e as nossas ações perfeitas caminhando pela régua e se guiando pela esquadria.

Flávio Dellazzana, M.’. M.’.
A.’.R.’.L.’.S.’. PEDRA CINTILANTE, 60 – G.’.O.’.S.’.C.’./C.’.O.’.M.’.A.’.B.’.

 

Fonte: http://www.maconaria.net

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