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Stonehenge já pertenceu a um maçom

A HISTÓRIA DE STONEHENGE TEM INSPIRADO MUITAS TEORIAS BIZARRAS QUE LIGAM MAÇONS E DRUIDAS. NA VIDA REAL, O MAÇOM CECIL CHUBB, COMPROU O MARCO POR UM CAPRICHO HÁ MAIS DE 100 ANOS

Considerando o seu estatuto de Patrimônio Mundial, é estranho pensar que até 1918 Stonehenge era propriedade privada. O interesse por ela foi estimulada no início de 1700 através dos escritos de um maçom chamado Dr. William Stukeley, um clérigo e arqueólogo, cujos volumosos manuscritos estão agora preservados na British Library e na Library and Museum of Freemasonry, ambas em Londres, Reino Unido. A conexão entre Stonehenge e os druidas é geralmente atribuída a Stukeley, que não só fez um estudo da ordem, mas foi um dos responsáveis por seu renascimento em 1717.

Em 1800, Stonehenge foi propriedade da família Antrobus, mas quando o herdeiro do baronetcy (Título de nobreza) foi morto em 1915, a família decidiu vender em leilão público, o círculo de pedra e os 35 acres de terra em torno .

A venda realizou-se no novo teatro em Salisbury em 21 de Setembro de 1915. O comprador foi Cecil Chubb, que pagou £ 6.600 (cerca de £ 460.000 em valores atuais) pelo local. A lenda da família diz que ele tinha ido para o leilão para comprar algumas cadeiras, mas tendo vivido perto de Stonehenge durante a maior parte de sua vida, decidiu fazer a compra para salvá-lo de um comprador estrangeiro. Chubb comprou o marco como um presente para sua esposa.

Em 1918, sabendo que tinha havido interesse do governo no círculo de pedra, Chubb entrou em contato com o então Gabinete de Obras e ofereceu-se para dar o local para a nação como um presente. Ele tinha três ressalvas do seu legado: que os residentes de Salisbury deveriam continuar a ter livre acesso a ele; que a taxa de entrada nunca deve ser mais do que um xelim; e que nenhum edifício deveria ser erguido dentro de 400 jardas das antigos pedras.

O governo aceitou o presente com entusiasmo, e para marcar sua generosidade, criou um título de nobreza: em 1919, Chubb ganhou o título Sir Cecil Chubb, Baronet de Stonehenge no condado de Wiltshire.

DE ORIGEM HUMILDE

Cecil Herbert Edward Chubb veio de origem modesta. Nascido em 1876 na aldeia de Shrewton, Wiltshire, onde seu pai era o seleiro e fabricante de arreio, ele foi educado na escola do Bispo Wordsworth em Salisbury. Por um curto período ele foi professor no Colégio de São Marcos, em Londres. De lá, ele foi para a Christ’s College, Cambridge, onde se formou em ciências naturais em 1904, seguido por um Bacharelado em Leis em 1905. Voltando a Londres, ele foi chamado para o tribunal de Middle Temple e começou a prática da lei com sucesso.

Em 1902 casou com Maria Chubb Finch, e quando seu tio morreu em 1910, ela herdou o hospital psiquiátrico Fisherton House Asylum perto de Salisbury. Chubb desistiu da lei e voltou para Salisbury para administrar o asilo, que foi um dos maiores do país.

Chubb fez do asilo um grande sucesso e introduziu tratamentos inovadores para tornar a vida dos pacientes mais fácil e devolvê-los a suas famílias. Fisherton House também prestou um grande serviço para baixas militares, afetados pelos horrores da guerra, na medida em que Chubb usou sua própria casa, Bemerton Lodge, como uma extensão do asilo principal. Tornou-se uma sociedade anônima em 1924 e parte do Serviço Nacional de Saúde em 1954.

OLHO NO FUTURO

Chubb foi também um investidor astuto, particularmente em laboratórios médicos que produziam medicamentos para ajudar os doentes mentais. Sua cuidadosa gestão financeira fez dele um homem rico, que lhe permitiu comprar Stonehenge quase que por capricho. Ele desenvolveu sua própria propriedade, mantendo uma raça notável do gado Shorthorn e tinha um número de cavalos de corrida muito grande. Na vida civil, ele serviu por muitos anos no Conselho da Cidade Salisbury e foi um juiz de paz.

Chubb entrou em maçonaria em Salisbury, onde foi feito maçom na Lodge Elias de Derham, Nº586, em 26 de Outubro de 1905, tendo o seu segundo e terceiro graus nos dois meses seguintes. Ele nunca procurou ser oficial na loja ou participar de qualquer uma das outras ordens da Maçonaria, se contentava em desfrutar da companhia de seus irmãos membros da loja como um backbencher (Membro do parlamento) e permaneceu membro da loja até sua morte.

Houveram muitas tentativas de ligar a Maçonaria com o círculo de pedra em Stonehenge e os druidas que tiveram a fama de ter uma adoração por lá. Na realidade, as únicas verdadeiras conexões maçônicas são as figuras de Stukeley, que tanto fez para trazer Stonehenge ao conhecimento público, e Chubb, que tinha tanto amor pelo círculo de pedra que ele comprou e apresentou-o à nação para que fossem preservadas como parte do patrimônio nacional.

“A legenda da família diz que Chubb só tinha ido para o leilão para comprar algumas cadeiras.”

GRAVADA NA PEDRA

Stonehenge é o círculo de pedra mais arquitetonicamente sofisticado e único lintel (suporte de pedras que se sustentam formando uma porta) sobrevivente no mundo:

• Em sua forma mais primitiva, o monumento era um local de enterro. É o maior cemitério neolítico nas Ilhas Britânicas.

• Foram utilizados dois tipos de pedra na sua construção, ambos os quais foram transportados de distâncias muito longas. Os sarsens (blocos de arenito) maiores provavelmente vieram de Marlborough Downs, 19 milhas ao norte, com as bluestones (tipo de rocha) menores provenientes de Preseli Hills, a mais de 150 milhas de distância.

• As pedras foram erguidas usando articulações precisamente unidas, não vistos em qualquer outro monumento pré-histórico.

 

Tradução e adaptação do texto do Ir.’. John Hamil

 

Fonte: http://www.oprumodehiram.com.br/stonehenge-ja-pertenceu-a-um-macom/

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