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O SIMBOLISMO DO AVENTAL DO VENERÁVEL MESTRE E SUA JOIA

O uso do avental deve ser revestido, por cima da roupa. Entretanto, há, Maçons, em certas Lojas e Obediências, que entram em Loja sem se revestirem do Avental, considerando-o como acessório facultativo e os colares e faixas como indispensáveis. Na França, as Lojas acrescentam nas pranchas de convocação o lembrete: “Favor munir-se do Avental”. O Próprio Ragon (1781-1862) queixava-se desta falta, externando em seu “Ritual de Aprendiz Maçom” as seguintes reflexões:
“ Existem Lojas em que Oficiais e mesmo os Veneráveis acreditam que usando o colar podem deixar de vestir o Avental do seu grau. É um erro e uma falta: o Avental, símbolo do Trabalho, é mais necessário que o colar e a faixa; é ele o verdadeiro “ traje” maçônico, os colares e as faixas são adornos. Nas sessões de determinados altos graus não é mais usado o Avental, visto considerar-se o trabalho já terminado; mas nas sessões simbólicas, onde o trabalho começa, o Avental é indispensável.”
A primeira referência histórica que se tem sobre o uso dos Taus Invertidos, que os ingleses chamam “Níveis”, é um mandado da Grande Loja Unida da Inglaterra, datando de 1814, em que se descreve de que maneira deviam ser colocados os “Níveis” sobre o avental..
O nível é o emblema da igualdade e seu simbolismo tem como corolário noções de medida, de imparcialidade e de tolerância. “Os Maçons – escreveu Willian Preston – reúnem-se sob o Esquadro e separam-se sob o Nível “.
Na obra “ A Vida Oculta da Maçonaria” de Leadbeater, diz:
“A Jóia do V M é o esquadro…. e tem o mesmo significado do malhete, seu instrumento do governo. É profundíssimo o simbolismo do malhete, e para explaná-lo convém lembrar ser ele, provavelmente, o mais antigo símbolo do mundo….

“ Do lábaro ou acha se deriva o malhete do V M., que o empunha porque sua humilde maneira é ele o representante da deidade. O Malhete é insígnia de governo, e o V M o empunha hoje em dia do mesmo modo que o empunhou o primeiro Faraó. Está um tanto modificada sua forma, que costumava ser de um martelo de pedreiro….
“No Egito a dupla acha era também a insígnia de Arouris, os primeiros nomes dados ao nascente HORUS, a quem chamavam Chefe do Martelo, porque se costumava desenhar esta insígnia em forma de martelo….
O martelo, o malhete e, portanto, o Tau que o simboliza, são símbolos de mando, de poder. Esotericamente, o Tau grego simboliza o equilíbrio resultante do ativo e do passivo. Referindo-se aos os Taus Invertidos, que adornam o avental do Mestre Instalado, explicamos que:
Esta figura chamada Tau tem outro significado muito importante, pois a linha vertical significa o elemento masculino e a horizontal a linha feminina, na Deidade, mostrando assim que Deus se manifesta como Mãe e como Pai……
O Tau no antigo Egito era o equivalente ao símbolo da Cruz: significava a crucificação da Vida Divina no mundo da manifestação. Era também o emblema da natureza andrógina da Divindade, Simbolizando Deus como Pai e Mãe.
Na verdade, os Taus Invertidos encerram um simbolismo vastíssimo. Assim, por exemplo, como o Tau Invertido, que simboliza a ligação estabelecida entre o mundo da matéria e o Invisível, o Venerável torna-se o instrumento que faz a ligação entre todos os elementos que constituem a sua Loja, que ele guia com a Luz da sua experiência e sua sabedoria, para que ela possa alcançar, através dos trabalhos que ela realiza. O desenvolvimento espiritual dos seus obreiros pelo estudo, pelo sacrifício pessoal, pelo domínio das paixões, visando a fraternidade universal. O Tau Invertido poderia simbolizar também o trabalho criador que o Venerável deveria desenvolver em sua Oficina para justificar a sua investidura e a existência da Loja.
Bibliografia:
Estudos Maçônicos Sobre Simbolismo, 2ª Edição Nicola Aslan

 

Fonte: JB News

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