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Cansado de ouvir Fábulas por aí sobre o que seria a Carbonária, impulsionado por uma série de trabalhos sobre sociedades secretas no mundo, resolvi procurar a história de sua origem e seus ideais de modo a me instruir e conseguir multiplicar para os meus Irmãos. Lembro aos Leitores e Irmãos que não sou dono da verdade, logo, se tiverem alguma correção ou adição para este artigo, fiquem a vontade.

Os Carbonários surgiram de uma grande insatisfação política no começo do século XIX (Ou apenas tomamos conhecimento dela só neste momento), sua organização era muito parecida com a da Maçonaria, ou seja, em pequenos grupos divididos pela Itália (seu país de origem). Seu nome Carbonária do Italiano Carbonari , dá origem ao trabalhador “Cabonaro” que significa “carvoeiro”, pelo fato de seus membros se reunirem na “baracca”, que era uma típica cabana de carvoeiros e seus membros se tratavam como “Bom Primo”. Alguns de seus Ideais se assemelhavam aos da Maçonaria, como por exemplo: combater a intolerância religiosa, o absolutismo e defender os ideais liberais, só que no passado nossos Bons Primos não mediam forças para que esses objetivos fossem alcançados, até mesmo com revoltas Armadas se fosse necessário.

O escritor e Irmão de Maçonaria Adelino de Figueiredo Lima escreveu o Seguinte sobre os Carbonários “Nenhuma Sociedade Secreta fascinou tanto as multidões sequiosas de sua liberdade, ou da independência política conquistada à custa de lágrimas e sangue, quanto a Maçonaria Florestal, mais conhecida como “Carbonária”, por ter sido fundada pelos carvoeiros da Hannover, como associação de defesa e de ação contra os opressores e assaltantes de sua classe.” Notem que o escritor usou o termo “Maçonaria Florestal”, mas o mesmo explica no mesmo texto o porquê desse nome, conforme transcreverei agora “O nome de ‘Maçonaria Florestal’, veio-lhe depois que irrompeu, na Itália e na França. ‘Maçonaria’, porque os Maçons a propagavam e a protegiam, ‘Florestal’, porque as Iniciações dos seus Membros, lembravam as dos antigos Carvoeiros de Hannover, realizadas nas florestas mais densas, a cobertos das vistas estranhas.”. Inclusive o site da Loja Maçônica Obreiros de Irajá, em matéria sobre o mesmo tema nos esclarece que a Maçonaria e a Carbonária já estiveram aliadas, visto que haviam elementos que pertenciam as Duas Organizações. Tanto é que o site Bibliot3ca nos esclarece que o quadro de obreiros desta instituição existiam duas classes que eram ( Ou é, não sei) “Aprendiz e mestre. Havia duas maneiras de se tornar um mestre: servir como aprendiz por, pelo menos, seis meses ou por ser um maçom quando do seu ingresso.” Diferentes dos Maçons que tem sua origem nos trabalhadores da Pedra, os Carbonários tem sua origem atrelada a Madeira, alguns pesquisadores atribuem a trilogia artesanal Celta “lenhador – carvoeiro – ferreiro”, ligada a natureza. Agora que nós vimos qual a sua ligação com a Maçonaria, vamos a um pedaço de sua história.

A Carbonária muito se destacou na história da Itália, como no levante em Nápoles contra a invasão francesa dos Bonapartistas e depois na revolução da Itália (1820, 1821 e 1831). Os objetivos que mais estavam em evidencia dessa fraternidade era, a criação de uma monarquia constitucional ou uma república. Tiveram uma pá de personalidades em seu corpo como Amand Bazard, Silvio Pellico, Pietro Maroncelli, Giuseppe Mazzini, Marquês de Lafayette, Louis-Napoléon Bonaparte (Esse mesmo que você está pensado), Blanqui, Lord Byron, Giuseppe Garibaldi entre outros, porém o seu membro mais polêmico foi o tal de Conde Peregrino Rossi, este em sua mocidade foi um ferrenho defensor da Ordem, e mais tarde, seduzido, ludibriado ou seja lá o que o Papa Pio IX fez, Rossi se entregou de corpo e alma a Igreja e começou a Caçar seus antigos “Bons Primos”, e não demorou muito para que esse Rapaz recebeste um golpe de Punhal em sua Carótida, do qual não resistiu. Em seu bolso um bilhete com dizeres que só interessam aos Bons Primos Carbonários.

Os Ideais dessa Augusta Ordem era primeiramente o amor a Pátria, a destruição do Inimigo em felicidade do povo e a Honra a seu Juramento (que novamente friso, só cabe aos Bons Primos).
Bibliografia

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