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MAÇONARIA: RITO & RITUAL

Inicialmente gostaríamos de lembrar que hoje em dia a Instituição Maçônica nada mais tem de “secreto” e, se bem pensarmos, nem de “discreto”; pois, se acessarmos de qualquer lugar o Google, encontraremos páginas e páginas voltadas aos curiosos que perscrutam o que de repente querem entender, mas que lhes falta o devido conteúdo. Logo… aí começam as tristes especulações! A partir daí começam as inúmeras interpretações errôneas a respeito da “Maçonaria”, praticada por bem poucos, no entanto, por muitos discutida…
Qual o maçom que não ouviu falar em Rito e Ritual? Exemplo… o Rito mais praticado no Brasil é o Escocês Antigo e Aceito, nos Estados Unidos da América do Norte a supremacia absoluta é do Rito de York e, assim vai. Entretanto, os Rituais elaborados para a praticidade dos trabalhos a serem desenvolvidos em Loja, além de existirem em grande número, cada qual é inerente ao Rito praticado, fazendo com que este atinja as peculiaridades da prática maçônica.
A princípio iremos nos deparar com uma definição para Rito, estabelecida como: “Um conjunto de regras que caracterizam cada sistema maçônico”. Enquanto, Ritual é expresso: “Por um livro de instruções direcionado para os trabalhos de cada grau, em conformidade com o Rito adotado por cada Loja”.
Hoje em dia, sabemos da existência de mais de uma centena de Ritos distribuídos pelas inúmeras Obediências Maçônicas em todo mundo, a satisfazer as aspirações de cada um, mas poucos de fato são os adotados atualmente. Entre eles se destacam o Rito de York (80%) o Rito Escocês Antigo e Aceito (12%) e o Rito Moderno (7%), este também chamado de Rito Francês ou apenas Moderno no continente europeu).
Em termos de Brasil, hoje são praticados com muito entusiasmo os seguintes Ritos, apesar do Rito Escocês Antigo e Aceito atingir a primazia dos mesmos:
* Rito Adonhiramita;
* Rito Brasileiro;
* Rito de Emulação (Inglês Moderno);
* Rito Escocês Antigo e Aceito;
* Rito Escocês Retificado;
* Rito de Memphis – Misraim;
* Rito Moderno (Francês);
* Rito de Schröder (Alemão);
* Rito de York;
* Rito de York (Inglês Antigo).
O ponto comum em todos os Ritos aqui apresentados é terem como base os três graus simbólicos, ou seja:
* Aprendiz;
* Companheiro;
* Mestre.
Pouco a pouco, os maçons não Operativos foram aumentando e acabaram constituindo uma maioria. Fazendo com que a divergência de ideias entre os novos maçons, já bem distanciados da arte de construir, motivou o aparecimento de diversificados Ritos com suas mais diferenciadas ritualísticas.
Relembrando… Um total de sete Ritos foram conhecidos sob a nomenclatura de “Escocês” quando surgiram a partir do ano de 1730, a saber:
* Rito Escocês Reformado;
* Rito Escocês Primitivo de Narbona;
* Rito Escocês Filosófico de Paris;
* Rito Escocês Filosófico de Marselha;
* Rito Escocês Primitivo de Paris;
* Rito Escocês Primitivo de Namur;
* Rito Escocês Antigo e Aceito.
Apresentando o primeiro, um total de 7 graus; o segundo, 10 graus, o terceiro 15 graus; o quarto, 18 graus; o quinto, 25 graus e, os dois últimos, 33 graus. A partir daí, talvez tenha partido a obstinação de alguns maçons pelo crescente matemático.
De onde, com muito zelo pode-se fazer a diferenciação pertinente entre o “Ser” maçom e o do “Estar” maçom, ou seja, apenas mais um. E, que quando acordar de seus sonhos, o primeiro passo será abandonar a Instituição e, na maioria das vezes, criticando-a mesmo sem conhecimentos adequados para tal.
Mas, retornando aos Ritos acima, o último, Rito Escocês Antigo e Aceito, foi readaptado pelo Rei da Prússia, Frederico II, em 1786; tomando o nome pelo qual é conhecido até os dias atuais. Torna-se necessário sabermos que o Rito em questão, não teve sua origem na Escócia, mas na França.
Como a ritualística maçônica acontece em um “Templo Maçônico”, vamos nos estender um pouco mais, falando de alguns itens básicos relacionados ao local mencionado.
De repente deparamo-nos com determinado convite para comparecermos na “Sagração” de determinado Templo; logo, é bem melhor esclarecermos qual o verdadeiro significado do ato ao qual nos faremos presentes, assim convém lembrar que o evento acima citado pode ser traduzido como a “Primeira Cerimônia Litúrgica” realizada em um Templo Maçônico recém-construído. Também é bom que não façamos nenhum tipo de confusão com a “Inauguração de Loja”, pois este cerimonial é realizado em local que já foi anteriormente sagrado. Ainda é bom que todos saibam que esta “Sagração” só é praticada em se tratando de Templo próprio e devendo estar o mesmo completo com todas as exigências da liturgia que será empregue pela Loja ou pelas Lojas que exercerão suas atividades nesse local. Para efeito de complementação do exposto, essa “Sagração” obedecerá a um Ritual Especial.
Continuando e, como Maçonaria é pura história na maioria das vezes com um grande cunho científico, se falamos em Templo é bom lembrarmos-nos de “Tabernáculo”, termo, segundo as Escrituras Sagradas, que designa a palavra “Tenda”. Construção esta, que o Senhor dos senhores mandou Moisés erguer no Monte Sinai, a fim de servir ao culto religioso do povo hebreu, antes da construção do afamado Templo de Salomão. Segundo a descrição contida em Êxodo (Caps. 26 e 27) o Tabernáculo devia ter a forma retangular com 30 côvados (medida de comprimento equivalente a 66 cm) de comprimento, 10 côvados de largura e 10 de altura; os lados Norte, Oeste, e Sul: forrados de madeira de Shittin (Acácia) com bases de prata e cobertas com lâminas de ouro; amarração feita por intermédio de cordas amarradas a estacas colocadas a certa distância. O lado Leste, confeccionado com a mesma madeira e cobertas com lâminas de ouro desde a base até aos capitéis. Falando em cortinas, em um total de quatro, uma era de linho torcido com bordado na cor do jacinto (matiz avermelhado), purpúrea, uma segunda cortina feita de pele de cabra; a terceira de pele de carneiro tingida de vermelho; e, finalmente, a quarta de peles variadas tingidas de roxo.
Saindo do centro para o lado Oeste, situava-se o “Lugar Santo”, separado por um véu, e tendo a sua esquerda um “Candelabro” e a direita a “Mesa dos Pães da Proposição” (Pães da Presença); no centro o “Altar dos Perfumes” (onde eram utilizados incensos); ainda, uma cortina de linho escarlate ocultando o “Santo dos Santos” – a “Arca”.
Para obtermos um pouco mais de conhecimentos a respeito do que está sendo apresentado, oferecemos uma sinopse histórica do que até então foi apresentado: “Durante a peregrinação do povo judeu pelo deserto, o ‘Tabernáculo’ era colocado onde acampavam. Quando Canaã foi conquistada, o lugar escolhido para instalação do ‘Sacrário’ foi à cidade de Silo (Shiloh), povoado da Palestina, ao norte de Jerusalém. Aí permaneceram os judeus durante o Governo dos Juízes. Mas, com a derrota dos Israelitas, a arca foi levada pelos Filisteus (tradicionais adversários dos Israelitas) e colocada no Templo de Dagon (deus peixe, aparentando ser uma sereia e adorado pelos Filisteus). Desse Templo, a Arca foi transferida para várias cidades da Palestina, tais como, Gaza< Ascalon, Jeth, Acaron, sendo abandonada finalmente em Bethsames. Demorando essa peregrinação em torno de sete meses, após os quais, foi a Arca conduzida para casa de Abinadabe, em Cariathiarim, sem que fosse reconstruído o Tabernáculo.
Entretanto, quando o Rei David conquistou Jerusalém, a Arca foi colocada na moradia de Obede-Edom, que a levou para uma tenda provisória ficando sob os cuidados de Asaph. A duplicidade dos locais dos cultos permaneceu até quando foi construído o “Templo”, no reinado do Rei Salomão. No Egito, como reconhece Flávio Josefo e outros historiadores, era adotada uma imitação da Arca Sagrada, em que encerravam o corpo do deus Osíris: segundo consta era o Tabernáculo de Ísis, levado em procissão com grande pompa, por ocasião dos festejos de “Iniciação aos Grandes Mistérios”.
No que se refere à Igreja Católica, é denominado por Tabernáculo, o Sacrário onde os sacerdotes recolhem as Hóstias Consagradas, que representam o Corpo “Vivo” de Cristo.

Menorá
Quanto ao “Candelabro de Sete Velas” (Menorá), lembramos que o mesmo foi elaborado por uma determinação do “Senhor de Todos” a Moisés, que deveria construir essa relíquia para ser colocada junto ao Tabernáculo. Devia de fato ser considerada uma “Obra de Arte” em ouro martelado, com três braços de cada lado e um no meio.
Igualmente, revela-nos o “Livro Sagrado”, que o profeta Zacarias teve uma visão em que lhe aparecia um objeto semelhante ao “Candelabro das Sete Velas” com a revelação do Espírito Santo sobre o homem e a Igreja.
No Apocalipse segundo João, existe menção sobre as sete Igrejas da Ásia, ligadas à mesma revelação. Já no Livro dos Reis são mencionados dez Candelabros de Ouro, sendo cinco para cada lado no interior do Templo de Salomão.
Profeta Zacarias
Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse: Fome, Morte Peste e Guerra.
Passando a Franco-Maçonaria, o Templo muito lembra uma representação do Universo conhecido com suas maravilhas da Criação; inspirando tal como, um verdadeiro protótipo e, modelo de ensino para a aplicação simbólica de seus mais variados “Ritos” e “Rituais”.

Fonte: JB News

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