a
a

Dualismo, segundo a Wikipédia, “é uma concepção filosófica ou teológica do mundo baseada na presença de dois princípios ou duas substâncias ou duas realidades opostas, irredutíveis entre si e incapazes de uma síntese final ou de recíproca subordinação”.

Para Platão, existem dois mundos, ou seja, a realidade estava dividida em duas partes: O mundo sensível (mundo material), mediados pelas formas autônomas que encontramos na natureza, percebido pelos cinco sentidos; e o mundo das ideias (realidade inteligível) denominado de “mundo ideal”, ou seja, aproxima-se da ideia de perfeição de algo. Ou seja, através do conhecimento é possível transcender do mundo material ao mundo das ideais e contemplar as ideias perfeitas, alcançando assim, a felicidade.

A dualidade é uma das formas que a Fonte (Singularidade) manifesta-se, onde Yang tende a se expandir, se afastar do centro, se tornar mais complexo, gerando variações e Yin tende a contrair, ir em direção do centro, retornar a simplicidade da unidade.

A filosofia chinesa refere-se a essas associações como complementares. Já a filosofia ocidental, associa a isso uma ideia de oposição. Quente ou frio, alto ou baixo, claro ou escuro. O interessante é perceber que não teríamos consciência de um se não fosse pelo outro, sendo a dualidade fundamental para que se tenha noção do mundo físico. Mas, o dual ou o complementar (dependendo do ponto de vista), não existe apenas na matéria. A ideia que temos de nós mesmos também é baseada na dualidade, e por que não dizer, na oposição. Estamos tratando do bem e do mal. O bem e o mal são vistos dois guerreiros poderosos que se enfrentam todos os dias dentro de nossas mentes frágeis. Sob a ótica psicológica, o mal nada mais é que nossas partes renegadas. A sociedade impõe comportamentos considerados apropriados para a chamada “boa convivência” e os comportamentos fora do padrão vigente são relegados às sombras. Luz para o aceitável, escuridão para o inaceitável. Eis a dualidade. Quando negamos nossos defeitos, medos, equívocos, negamos a nós mesmos em essência, porque aquilo que parece ser o certo para um grupo ou pessoa em particular, pode custar o talento, a individualidade ou os direitos de um terceiro. (Fonte: http: // www. psiconlinews. com)

Temos o costume de ver as diferenças como uma dicotomia. Exemplo: a vida é diferente da morte, o bem é diferente do mal, a luz é diferente da escuridão, etc., embora isso seja verdade por um lado, de maneira oculta, ambas polaridades são diferentes partes de um processo só. No entanto, o pensamento dicotomizado interfere na autogestão da consciência, pois gera tendências intolerantes em relação as diversidades que existem nas pessoas, nas situações e as varias faces da existência em si, que são muitas vezes paradoxais. Imprescindível é desenvolver o que Alan Watts chama de “pensamento polar”, apesar de não ser exatamente um pensamento e sim uma forma de percepção, onde a sensação e sentimento também estão envolvidos. Tal pensamento desperta a consciência de que todas as coisas acham-se interligadas, ainda que pareçam anular-se mutuamente. Daí sua relevância, pois passamos a nos ver de maneira mais completa e integrada, e as oposições se fazem contributivas do progresso do todo do qual fazemos parte. (Fonte: evoluasuaconsciencia. blogspot. com. br)

Somos os co-criadores de tudo o que existe, um “pequeno” ato afetará toda existência, pois tudo está interconectado, e isso pode ser usado de maneira produtiva ou destrutiva, como diria Carl Gustav Jung: “Não somos anjos ou demônios, somos os dois.”

O grande desafio no mundo da matéria é aprender a transformar o egoísmo extremo em que está mergulhada a humanidade – e que gera uma série de conflitos internos e externos – num ato de receber para compartilhar amor, alegria, bondade, tempo, saúde e conhecimento, “Pois eu estou dividido pelo bem do amor; para haver a possibilidade de união.” (“O Criador” (AL I:29) O Livro da Lei. 93). Afinal, “Toda matéria é somente energia condensada em vibrações baixas, somos todos a mesma consciência tendo experiências de maneira subjetiva. Não existe o que chamamos de morte, a vida é só um sonho, e nós somos a imaginação de nós mesmos”. (Bill Hicks)

E é possível, sim, colocar luz sobre a sombra e transformá-la em mais luz. Uma é apenas ausência da outra, e a capacidade humana de aceitar-se tal como é, ou seja, clara e escura, fria e quente, doce e amarga é que faz a vida ser o que é, os dois lados de uma mesma moeda.

Façamos nossa parte, iluminemos o caminho, conforme a exortação do Sublime Mestre quando nos diz: “Vós sois a Luz do Mundo” (Mateus 5:14).

Por Bruno Bezerra de Macedo – MM

Fonte: https://www.facebook.com/bruno.macedo.5667901?fref=nf

Post Tags
No comments

leave a comment